Depois de quarenta dias após a
solenidade da Páscoa, temos a graça de celebrar a Solenidade da Ascensão
do Senhor. A Igreja convida-nos a ter os olhos postos no Céu, a Pátria
definitiva a que o Senhor nos chama.
A Solenidade da Ascensão de Jesus que celebrada no último domingo (17.05) sugere que, no
final do caminho percorrido no amor e na doação, está a vida definitiva,
a comunhão com Deus. Sugere também que Jesus nos deixou o testemunho e
que somos nós, seus seguidores, que devemos continuar a realizar o
projeto libertador de Deus para os homens e para o mundo.
No Evangelho, Jesus ressuscitado aparece aos discípulos, ajuda-os a
vencer a desilusão e o comodismo e envia-os em missão, como testemunhas
do projeto de salvação de Deus. De junto do Pai, Jesus continuará a
acompanhar os discípulos e, através deles, a oferecer aos homens a vida
nova e definitiva.
Na primeira leitura, repete-se a mensagem essencial desta festa: Jesus,
depois de ter apresentado ao mundo o projeto do Pai, entrou na vida
definitiva da comunhão com Deus - a mesma vida que espera todos os que
percorrem o mesmo "caminho" que Jesus percorreu. Quanto aos discípulos:
eles não podem ficar a olhar para o céu, numa passividade alienante; mas
têm de ir para o meio dos homens continuar o projeto de Jesus.
A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da esperança
a que foram chamados (a vida plena de comunhão com Deus). Devem
caminhar ao encontro dessa "esperança" de mãos dadas com os irmãos -
membros do mesmo "corpo" - e em comunhão com Cristo, a "cabeça" desse
"corpo". Cristo reside no seu "corpo" que é a Igreja; e é nela que se
torna hoje presente no meio dos homens.
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