PARÓQUIA SÃO JOSÉ - UNA/BA
DIOCESE DE ITABUNA
Porque temos a necessidade de
um Plano Pastoral?
1. A
elaboração de um Plano Diocesano de Pastoral é necessária para que
haja uma ação
evangelizadora eficaz. Este deverá fazer indicações programáticas concretas, levando
em conta a pastoral orgânica e de conjunto e fazendo com que as Diretrizes
Gerais da Ação Evangelizadora sejam uma proposta e um serviço às nossas
Paróquias.
2.
Todo processo precisa ser preparado. Uma ação que não tiver um antes, não terá um depois. Para
desencadear um processo de planejamento
pastoral, sua preparação
começa por uma sensibilização dos
membros da comunidade
eclesial sobre a importância da participação de todos,
resposta à exigência de uma Igreja comunhão e participação com o protagonismo
dos leigos, em especial das mulheres e dos jovens.
OBJETIVO GERAL:
EVANGELIZAR
no Brasil cada vez mais urbano, pelo
anúncio da Palavra de Deus,
formando discípulos e discípulas de Jesus
Cristo, em comunidades
eclesiais missionárias, à luz da
evangélica opção preferencial pelos
pobres, cuidando da Casa Comum e
testemunhando o
Reino de Deus rumo à plenitude.
3. As Diretrizes
da Ação Evangelizadora no
Brasil 2015-2019 propõem um
Objetivo Geral, com
o acréscimo da
palavra urbana, tendo em vista o
fenômeno da urbanização e a Casa Comum
numa referência à Laudato Si, Encíclica do Papa Francisco.
·
As DGAE constituem uma
das expressões mais significativas da colegialidade da Igreja no Brasil.
·
DGAE 2011-2015: DAp –
Cinco Urgências;
·
DGAE 2015-2019: DAp –
Cinco urgências + Papa Francisco (Ano da Misericórdia)
·
DGAE 2019-2023:
Estruturadas a partir da Comunidade Eclesial
Missionária, apresentada com a imagem da ‘casa’.
Disposições Bíblico-Teológicas e Pastorais
4. A mentalidade do mundo
urbano atual está presente na cidade e no campo. O fenômeno da urbanização
não se esgota nas médias ou grandes cidades. Ele é amplo! Trata-se de uma
mudança no interior da própria cultura criando espaços para novas interpretações
do homem e da vida. Esta mudança se deve às grandes transformações na
comunicação (internet), a globalização, a midiatização da vida provocada pelas
redes sociais, o individualismo e o narcizismo (grifo nosso). Mas as
cidades são lugares teológicos. Reclamam a presença de Deus (DGAE n. 10).
5. Uma Igreja inserida na vida das pessoas, busca escutar
as suas angústias, compartilha as suas alegrias, procura compreender suas
mentalidades e interpela os seus contravalores: Por isso, ela anuncia e
testemunha o “nome, a doutrina, a vida, as promessas, o reino, o mistério de
Jesus de Nazaré, Filho de Deus” (EN, n.
22) O testemunho e o anúncio rejuvenescem a Igreja. Quando ela volta as fontes
recupera o frescor original do Evangelho, despontam novas estradas, métodos
criativos, outras formas de expressão, sinais mais eloquentes... (EG, n.11) (DGAE n.11).
6. Jesus não confiou uma tarefa aos seguidores, mas uma identidade. A missão tem origem
divina, realizada por Cristo e continuada pelo Espírito Santo, como
protagonista (sujeito) e alma da Igreja evangelizadora.
7. A missão parte do
encontro com Cristo e a Ele conduz. Não se realiza por proselitismo, mas
por atração. Por isso, não pode
ser um negócio, um projeto empresarial ou uma organização humanitária (EG,
n.279).
Desta maneira, a vivência cotidiana do amor fraterno em comunidade constitui uma forma privilegiada desse testemunho cristão...
Uma covivência que desperta no outro o interesse de sentir como sentimos: “Vejam como eles se amam...” (At 2, 42). (DGAE n. 21-24)
8.
A Igreja é a Comunidade de discípulos missionários de Jesus Cristo. E o centro da missão da Igreja é anunciar o amor de Deus e partilhar a alegria
que se experimenta na conversão e na nova vida de comunhão com Ele. Esta é a
fonte da missão evangelizadora. Por seu testemunho e suas obras a Igreja
manifesta ao mundo a razão de sua esperança (cf. 1Pd 3, 15). (DGAE n. 19-20)
9.
A urbanização produz efeito sobre pessoas, grupos e a sociedade como um todo. Por
isso, a Igreja, sacramento universal de salvação, como discípula missionária,
anuncia sempre o mesmo Evangelho:
acolher, contemplar, discernir e iluminar com a Palavra de Deus os complexos elementos culturais, sociais,
políticos e éticos que constituem a realidade, com suas luzes e sombras.
10.
Objetivo do nosso Plano de Pastoral,
alinhado às propostas das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora é ajudar
a Igreja Particular a responder aos desafios evangelizadores num mundo e num
país cada vez mais urbanos. São desafios humanos e religiosos, sociais e
políticos, culturais e ambientais que atingem a todos indistintamente. Por
isso, os Pilares:
Palavra, Pão, Caridade, Ação Missionária reagrupam as Urgências
e traça um caminho concreto que possibilite uma ação evagelizadora mais eficaz
e eficiente. Não se trata de inventar
um programa novo; ele já existe, mas é preciso traduzi-lo em orientações pastorais ajustadas às
condições de cada Paróquia e Comunidade da nossa Diocese. O Plano de Pastoral
Diocesano deverá inspirar a
formação, o planejamento e as práticas de todas as instâncias eclesiais presentes na Diocese de Itabuna, mas
ficam em evidência algumas exigências como por exemplo, a realização de
assembleias paroquiais, de pastorais, serviços e organismos diocesanos,
assembleias e/ou reuniões ampliadas nas foranias num espírito de diálogo e troca
de experências que iluminem a práxis pastoral.
11. Sob a proteção de Nossa Senhora e o seu esposo São José,
nosso Patrono, este Plano sirva como instrumento para manifestar a alegria do Evangelho a todos os
corações, especialmente os sofridos e desesperançados (DGAE n. 203-210)
A Nossa Ação Pastoral vai se
articular a partir dos 04 Pilares das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora
da Igreja, e em cada ano vamos metodologicamente assumir um desses Pilares, mas
com o cuidado de não esquecer os demais. Esta escolha facilitará um caminho de
integração do trabalho de toda a Diocese lhe conferindo uma fisionomia
pastoral. Sendo assim, para cada Pilar temos os encaminhamentos práticos como
um pontilhado pastoral. Seguir essas orientações irá facilitar o trabalho em
nossas comunidades eclesiais.
OS
04 PILARES DA EVANGELIZAÇÃO
Pilar
da Palavra: Iniciação à vida cristã e animação bíblica da vida e da pastoral
12.
A IVC consiste na adesão a Jesus Cristo,
fundamentada no Querigma (primeiro
e principal anúncio) e que não se esgota nos sacramentos da iniciação cristã. O
seguimento é amadurecido no Catecumenato,
neste tempo, a vida é iluminada pela fé. Por isso, nossas comunidades precisam
ser Mistagógicas, ou seja, preparadas para favorecer o encontro com
o Senhor.
13. A Igreja funda-se sobre a
Palavra de Deus, nasce e vive dela. É preciso centralizar a Palavra de Deus na
vida das comunidades, por isso, ela precisa estar presente nos encontros, nas
celebrações e nas mais variadas reuniões.
Encaminhamentos
Práticos
1. Criar a Comissão para elaborar o Projeto da IVC a fim de
que ele seja assumido como caminho de formação catequética;
2. Estudar o RICA com os catequistas e que a formação seja
continuada nos níveis paroquial, forania e diocesana;
3. Monitorar as formações cheguem às paróquias a partir dos
CPPs e do Conselho Diocesano de Pastoral através de avaliações semestrais tendo
em vista as Assembleias Diocesanas;
4. Dar ênfase ao Ano Vocacional Diocesano, levando em conta a
vocação do catequista;
5. Fomentar o conhecimento bíblico e doutrinário da igreja por
meio de grupos de estudos na/ou entre paróquias de uma mesma região pastoral,
favorecendo o Projeto de “Igrejas-Irmãs”.
META: Formar grupos de
estudo bíblico
1. Revitalizar da Escola de Teologia;
2. Estimular a participação de novos membros da ETEL e que
estes possam ser multiplicadores e assessores nas Paróquias onde atuam;
3. Criar grupos paroquiais de estudo bíblico, pastoral e
doutrinário.
Pilar
do Pão: Liturgia e espiritualidade
160-161.
A Palavra e a Eucaristia são elementos
essenciais e insubstituíveis na vida cristã. A liturgia é o coração da
comunidade. Dela parte o compromisso fraterno e missionário. O domingo precisa ser celebrado como o Dia do Senhor, seja pela Eucaristia ou
pela celebração da Palavra de Deus, quando a família cristã se encontra com o Senhor e os irmãos.
Essa valorização do Dia do Senhor exige ações concretas como manter as igrejas
abertas; que haja clima efetivo de acolhida àqueles que chegam; flexibilizar
horários para atender as necessidades dos fiéis; oferecer a celebração da
Palavra onde não fr possível a celebração eucarística; incentivar a criação da pastoral
litúrgica;cuidar da qualidade da música litúrgica.
162-163.
Estas celebrações não sejam marcadas por subjetivismos emotivos e nem pela
frieza da rigidez rubricista e ritualista. Evitem-se retrocessos litúrgicos e
fugas intimistas, mas sejam verdadeiras
celebrações comunitárias, que conduzam ao mistério divino e ao compromisso
histórico.
Encaminhamentos Práticos
1. Assessoria da Comissão Diocesana de Liturgia na formação
para os ministros da Palavra em todos os níveis: paroquial, Forania e Diocese;
2. Seminário de formação para ministro da palavra;
3. Dar maior espaço para os leigos através dos Conselhos de
Pastoral e Econômico e Administrativo manifestando uma igreja mais
participativa e de comunhão;
4. Capacitar leigos e leigas para ministros da palavra, através
de curso específico por forania, tendo como disciplinas básicas: homilética,
exegese, bíblia e laboratório de comunicação.
META: Resgatar o
domingo como dia do Senhor
1. Catequizar o povo, mostrando o valor da missa dominical;
2. Sensibilizar através da catequese constante nas missas o
cristão católico a valorizar e respeitar o domingo como Dia do Senhor;
3. Criar a Pastoral Litúrgica em todas as Paróquias para uma
celebração mais consciente;
4. Preparar as celebrações, respeitando-se as partes que
compõem o rito;
5. Realizar com dignidade e competência as ações celebrativas;
6. Avaliar a preparação e a realização das celebrações em
busca em busca do crescimento e qualidade celebrativa.
Pilar da Caridade: Serviço à Vida Plena
102-103. Amar a Deus e ao
próximo: sem caridade a oração não é cristã. Contemplando o mundo com os olhos
de Deus é possível perceber e acolher o grito que emerge das várias faces da
pobreza e da agonia da criação. Oração eucarística: “Dai-nos olhos para ver as
necessidades e os sofrimentos dos nossos irmãos e irmãs; inspirai-nos palavras
e ações...” (Oração Eucarística V-D-
Missal Romano)
104-105. As questões sociais,
a defesa da vida e os desafios ecológicos da cultura urbana têm que ser
enfrentadas pelas nossas comunidades, com postura de diálogo, de serviço, de
respeito, de justiça e do bem comum, de cuidado com o meio ambiente. Quem não
sabe chorar, não é mãe. Anunciamos o Evangelho da paz, mas não ignoramos os
desafios da violência decorrente das injustiças sociais.
108-109. A opção preferencial
pelos pobres está implícita na fé cristológica (cf. Bento XVI). Todos os
cristãos devem buscar uma vida simples, austera, livre do consumismo e
solidária, capaz da partilha de bens. É missão da comunidade cristã a promoção
da cultura da vida, com enfrentamento dos desafios que a ela se impõe:
violência, falta de moradia e vida digna, migrações, crianças e idosos
explorados e abandonados, juventude sem perspectivas, crise familiar, educação,
saúde...
Encaminhamentos
Práticos
META:
Encorajar o clero e o laicato no empenho apostólico inspirado na doutrina
social da Igreja para transformação das realidades temporais.
1. Formar e conscientizar clérigos e leigos acerca da
Doutrina Social da Igreja;
2. Fortalecer e acompanhar as pastorais e os movimentos
sociais já existentes na Diocese;
3. Criar a Escola de Fé e Política;
4. Incentivar os leigos na participação na política.
META:
Criar o Setor de Caridade Diocesano
1. Incentivar, criar e apoiar pessoas e/ou instituições
que trabalham com populações vulneráveis a exemplo das casas de acolhida e
moradores de rua, pacientes em trânsito (visto que Itabuna é um Pólo Regional
de Saúde);
2. Procurar parcerias com entidades públicas e privadas
que possam ampliar a ação solidária realizada pelas paróquias e outras
instituições eclesiais;
3. Criar uma comissão para constituir o Setor de
Caridade Diocesano;
4. Promover encontro ou congresso diocesano com as
pastorais sociais e movimentos sociais.
Pilar
da Ação Missionária: Estado Permanente de Missão
116. Essa missão é intrínseca
à fé cristã. O Querigma não pode ser pressuposto, nem mesmo entre os membros da
própria comunidade, pois uma profunda crise de fé atingiu muitas pessoas.
Portanto, o anúncio precisa ser explícito.
117. A comunidade expressa sua
missionariedade ao assumir a garantia da dignidade do ser humano e a
humanização das relações sociais (amparo nas tribulações, consolo no luto,
defesa dos direitos, etc).
118. Vai ao encontro dos novos
areópagos, onde estão também as redes sociais. Elas não podem ocupar todo tempo
e nem admitir fake News (falsas
notícias). A comunicação precisa redescobrir a pessoa e a interação como
diálogo e oportunidade de encontro com o outro.
119-120. A voz de Deus também
se faz ouvir por meio dos jovens, um dos lugares teológicos onde o Senhor está
presente. Eles esperam um clima de diálogo e precisam ser acolhidos,
respeitados e acompanhados. Com eles a comunidade é constantemente renovada. Os
jovens sempre deverão ser também os missionários entre os próprios jovens.
Enfim, a Igreja é mãe de coração aberto para todos.
Encaminhamentos Práticos
META:
Recriar o COMIDI e implantar e formar os COMIPA até 2023
1. Formar comissão diocesana do COMIDI, recriando-o até
abril/2020;
2. Formação Diocesana sobre o COMIDI, indicando para as
paróquias a sua função e papel, bem como dos COMIPAs;
3. Assessoria do COMIDI às paróquias para implantação dos
COMIPAs, priorizando as regiões pastorais-foranias;
4. Desenvolvimento de um a pastoral urbana motivadora e eficaz;
5. Elaborar um projeto de ação para realização de Semanas
Missionárias feitas pelas Paróquias, grupos diocesanos e seminaristas (como
estágio pastoral no final do ano);
META:
Dar atenção especial aos jovens
1. Criar uma agenda de eventos específicos para a juventude;
2. Criar projeto de incentivo da juventude através da música e
instrumentos;
3. Sensibilizar os jovens a se engajarem em um grupo ou
pastoral através de um painel de pastoral em suas comunidades;
4. Adotar uma metodologia mistagógica, dinâmica e criativa que
atraia a juventude;
5. Apoiar, incentivar e divulgar os encontros que arrebanham
os jovens;
6. Incentivar os jovens a serem apóstolos de outros jovens,
com assessoria e orientação de adultos, permitindo o protagonismo pastoral do
jovem;
7. Fomentar e estimular a participação dos jovens na construção e execução de trabalhos
missionários, subsidiando-os com a devida formação missionária.
Metas
e Pistas de Ação em todos os Pilares
·
Realização de cursos de formação integral e
contínuo destacando-se áreas: litúrgica, bíblica, catequética e social;
·
Fortalecimento e capacitação dos Conselhos de
Pastoral Paroquial;
·
Uma maior interação dos diversos espaços de
organização diocesano (CPD – CPP – CAE – CC);
·
Fortalecimento da Escola de Teologia para
Leigos (ETEL);
·
Realização de semanas temáticas: Família,
Dízimo, Indígena, Social,
Cidadania, Juventude;
·
Realização de semanas missionárias em locais
carentes de evangelização, feitas por várias Paróquias ou Movimentos;
·
Estudos conjuntos por mais de uma Paróquia da Campanha
da Fraternidade, Mês da Bíblia, Mês Missionário;
·
Valorizar e divulgar com mais ênfase os
instrumentos de difusão do Evangelho e trabalhos da Diocese, disponíveis e já utilizados
pela maioria das pessoas (blogs, sites, redes sociais, etc);
·
Criar e desenvolver aplicativos que permitam às
pessoas acesso à Palavra de Deus;
·
Fortalecimento da Pastoral da Criança e
solidificação da Pastoral da Saúde e ou outras que venham a suprir carências
diocesanas.
·
Realização de seminários e oficinas sobre
Pastoral e Dinâmicas de Líderes, visando capacitar lideranças e coordenadores;
·
Fortalecimento da Pastoral Universitária;
·
Realização de Congressos Diocesanos:
Bíblico-Pastoral, Familiar, Eucarístico;
·
Promover a experiência de “Paróquias irmãs”;
·
Motivar o exercício da leitura orante, usando
métodos apropriados e estimular a Oração da Liturgia das Horas nas Comunidades;
·
Estimular as iniciativas que permitam colocar a
Bíblia nas mãos de todos, especialmente os mais pobres;
·
Valorizar o Diretório Litúrgico-Pastoral
diocesano;
·
Potencializar as festas de Padroeiras (os),
Novenários, como espaços importantes de Evangelização e formação;
·
Ampliar a dinâmica da presença da igreja com
visitas sistemáticas nos
diversos espaços carentes de
evangelização: locais de moradias de estudantes, Escolas,
Universidades e Faculdades, nas favelas,
nas instituições de saúde, nos assentamentos, nas aldeias
indígenas, nas prisões, nos albergues, abrigos para idosos, junto aos moradores
e mulheres de rua, entre outros, são testemunho de uma Igreja samaritana e
misericordiosa
É
importante compreender que as exigências da Evangelização acentuam o aspecto
missionário da vida da Igreja. Daí decorre que precisamos de verdadeira parresia no anúncio e no testemunho de
Jesus Cristo.
Nota
Importante:
Para
abordar as nossas metas e encaminhamentos podemos recorrer a um recorte da
palestra do Pe. Cristóvão Dworak, CSsR, na abertura de nossa XXVI Assembleia
Diocesana de Pastoral em 2015, mas muito atual para este nosso momento
diocesano:
Continuam
validos os três grandes âmbitos de evangelização, que exigem cada um, o seu
modo especifico de proceder: o campo da pastoral ordinária, os afastados da fé
católica e da vivência eclesial e aqueles que não conhecem Jesus ou sempre O
recusam. “Nós não podemos mais pressupor a fé nas pessoas. É preciso um
testemunho explícito” (ALVES, Pe. Acássio. Assembleia
Diocesana 2019)
Por
isso, é importante e indispensável repensar a nossa ação missionária e
evangelizadora a partir da fé e a partir do
encontro real, não com uma filosofia ou uma ideologia, como lembrava para nós
Bento XVI em Sacramentum caritatis, mas com a Pessoa de Jesus.
Nada pode substituir este encontro.
A
evangelização passa e está presente em três grandes ações da Igreja de Itabuna,
a qual deve ser dada devida importância: no Ministério da Palavra, através de
ações missionárias, de catequese, especialmente de catequese de Iniciação
catecumenal, de círculos bíblicos, da
Escola de Teologia para Leigos, de cursos, de formação, da imprensa católica,
do rádio, da internet, da televisão e de outros meios; no Ministério da
Liturgia, através de celebrações de qualidade realizadas ao longo do Ano
Litúrgico, através da catequese mistagógica, através da vivência da piedade
popular, entre elas, da devoção que o nosso povo tem para com o Bom Jesus da
Lapa bem como do avolumar-se das Romarias à Aparecida do Norte; no Ministério
da Caridade, através de ações promovidas e desenvolvidas pelas pastorais
sociais e pelas ações caritativas unificadas. Talvez fosse
interessante acrescentar ao Anuário Diocesano a relação de obras sociais
realizadas pelas Paróquias e pela Diocese.
Dízimo como suporte para a ação
evangelizadora. Para poder desenvolver a ação evangelizadora
em seus diversos níveis, necessitamos também de recursos financeiros. E estes
vêm, e devem vir, antes de tudo do dízimo, como expressão de uma fé viva e
consciente. O dízimo é também a expressão de verdadeiro amor pela Igreja de
Jesus. Contudo, o Papa Francisco lembra que “o resultado do trabalho pastoral
não assenta na riqueza dos recursos, mas na criatividade
do amor” (PALAVRAS, 2013, p. 91).
Estruturas a serviço da evangelização.
Todas as estruturas organizacionais e materiais que fazem parte da nossa
Diocese e das nossas Paróquias precisam estar alinhadas com a missão
evangelizadora. Elas não existem para si só. Elas estão a serviço da Boa Nova.
Se por acaso, com decorrer do tempo, perderam a sua força, a sua importância e
seu dinamismo operativo, precisam, e até devem ser
mudadas ou substituídas.
A Espiritualidade e a vida de oração. O Cristão
do século XXI precisa ser místico ou não será nada, dizia o
grande teólogo Karl Rahner. Não adianta trabalhar na Igreja sem Jesus. Não
basta ser um “funcionário” eclesial ou um agente do “sagrado”. A nossa pastoral,
qualquer que seja, será infrutífera se a motivação central
não for o próprio Jesus. “O centro é Jesus, que convoca e envia” (PALAVRAS,
2013, p. 144). O próprio Jesus lembra aos discípulos que sem ele, nada podem
fazer (cf. Jo 15,5). E a sabedoria do salmista ensina que um rei não vence pela
força do cavalo, nem se salva pela sua resistência, mas pela força que vem do
Senhor e pela esperança que nele é colocada (cf. Sl 32,17-18).
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